Acredito que amei,
algumas vezes.
Amei tanto, tanto,
que me perdi
no próprio amor.
Fiquei angustiado,
estive feliz,
andei à toa
sem saber aonde ir.
Escrevi e vivi muitos clichês.
Fui bobo,
quase sempre.
fui obceno,
Ainda não sei.
Fui muitos eus...
Cada amor
era para sempre.
Todos eles findavam
antes que eu quisesse.
Então, surgia um novo eu.
Ainda me perco de amores
que me fazem feliz,
que me angustiam,
que me tornam bobo
escrevendo clichês.
A cada novo amor,
menos cabelos,
mais cabelos brancos,
tantas preocupações
e essa sensação maluca de flutuar...
Luiz Augusto Rocha