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sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Conversinha

Cadê a menina
que vi aqui?
Cadê a moça
que conversei?
Cadê?


Onde fui parar?
Como nada tivesse visto
e como nada conhecesse,
fiz de mim essa nossa prosa:
conversinha de rua.


Meu bem, diga aqui
o que podemos conversar,
além do entre a manhã
e as manhas nossas,
idas no entardecer?


Pois é,
a poesia vai mais,
vai bem, bem mais,
bem  muito mais além.
Além de que, meu bem?


Luiz Augusto Rocha

Fazer o que?

Que faço eu,
que fazemos nós,

Não quero nada,
não posso quase nada,

não imagino
a poesia perfeita.

Imagine você:
o que fazemos de nós?

Cá estamos encarando
os nossos monstros,

lindos monstrinhos:
dançando conosco!

Dançando sob o sol,
dormindo sob lua,

Só sabemos brincar
com nossos monstrinhos.

Fazer o que?


Luiz Augusto Rocha

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Sempre jogo

Entre doido e doído,
uma palavra, o mundo.

Meu erro-traço
é que trago comigo
os erros que faço.

Traço sem saber,
faço sem conhecer,
conheço sem ver,

O que posso fazer,
senão, em erros tracejados,
errar sem caminho?

Eu me perco no jogo,
brincando com fogo,
De tornar-me eu mesmo!


Luiz Augusto Rocha