que a hora da noite,
derradeira e angustiante,
comprime o tempo que falta?
Semana passada eu ainda corria
brincando nas trincheiras do quintal,
entre frutas, flores, insetos e tanto mais,
que não mais lutava contra o sono.
Ontem, eu fui atrás de muita coisa,
de livros, exercícios, amigos, risos
indisciplinados, largos, cientes...
E caí no início do quarteirão.
Em casa, a mobília agora não guarda nada,
já as caixas aguardam o carregamento.
Os animais estão dormindo tranquilos
com as janelas e portas abertas.
A manhã que se anuncia, mesmo tímida,
num misto de cansaço, ansiedade e alegria,
abre-se no cantar do galo e dos passarinhos
perguntando o que tem para amanhã.
Luiz Augusto Rocha, neste fim de 17 de outubro.
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