os anestésicos ainda são necessários;
a vigília continua no sono.
Não tem entranhas. Não têm sentido.
O quadro clínico não corresponde mais.
O desvario de manhã, chamando por Deus,
“Jesus, Jesus”, não significa mais.
A esperança é só nossa,
a ridícula esperança!
Ela morria:
sem a fome, sem estômago, intestino;
sem a sede, sem rim, nem fala;
sem olhos, que a vista olhava perdida,
cegos do silêncio e dos remédios.
Os aparelhos gritam à nossa angústia.
Enquanto isso acontecia,
aconteciam outras coisas no mundo...
Luiz Augusto Rocha
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