skip to main |
skip to sidebar
Cadê a menina
que vi aqui?
Cadê a moça
que conversei?
Cadê?
Onde fui parar?
Como nada tivesse visto
e como nada conhecesse,
fiz de mim essa nossa prosa:
conversinha de rua.
Meu bem, diga aqui
o que podemos conversar,
além do entre a manhã
e as manhas nossas,
idas no entardecer?
Pois é,
a poesia vai mais,
vai bem, bem mais,
bem muito mais além.
Além de que, meu bem?
Luiz Augusto Rocha
Que faço eu,
que fazemos nós,
Não quero nada,
não posso quase nada,
não imagino
a poesia perfeita.
Imagine você:
o que fazemos de nós?
Cá estamos encarando
os nossos monstros,
lindos monstrinhos:
dançando conosco!
Dançando sob o sol,
dormindo sob lua,
Só sabemos brincar
com nossos monstrinhos.
Fazer o que?
Luiz Augusto Rocha
Entre doido e doído,
uma palavra, o mundo.
Meu erro-traço
é que trago comigo
os erros que faço.
Traço sem saber,
faço sem conhecer,
conheço sem ver,
O que posso fazer,
senão, em erros tracejados,
errar sem caminho?
Eu me perco no jogo,
brincando com fogo,
De tornar-me eu mesmo!
Luiz Augusto Rocha