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Adeus aos que nunca foram.
Adeus aos que partiram!
Adeus aos saudosistas?
Adeus àquele deus nosso.
Que saudade sinto
do que vi um dia...
Que saudade tenho
do que não conversamos.
De quanta saudade vivo!
Quantos momentos vivos,
quanta rima perdida,
quanta conversa não dita.
Enfim, meus caros,
quão claros os caminhos,
quantos destinos
fizeram-nos meninos.
Meu caro, que fizemos de nós?
O que estamos fazendo?
Quantas perguntas existem?
Sem respostas...
Luiz Augusto Rocha
Nesta terra movediça,
abrem-se fendas no chão,
por onde saem cavaleiros.
Arautos de si mesmos,
contentes da condição
precária e medíocre.
Arrogam-se o direito inalienável
de comer o o que sai da terra,
de beber a água do rio.
Querem convencer a todos
de que o esterco não fede
e que tudo vai bem.
E vão às suas igrejas –
fervorosos cristãos –
para agradecer suas bênçãos.
E tudo continua fedendo.
Passam perfumes,
mas, sabemos que continua fedendo.
Luiz Augusto Rocha
Mundo
mundo das coisas,
mundo das palavras.
Mundo.
Eu...
Mudo.
Luiz Augusto Rocha