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Versos imperfeitos
em perfeita sintonia:
pérfidos versinhos...
Luiz Augusto Rocha
Se
isto, se aquilo...
Sê
isto, sê aquilo!
Seja
o que deus quiser?
Luiz Augusto Rocha
Em
meio a tanta erva daninha,
nasceu
uma flor no meu quintal.
Eu
que levava uma vida tão bisonha,
sorri
pr’aquela maria-sem-vergonha.
Mesmo
sem descobrir, afinal,
que
ressurgia ali uma esperança.
Ainda
que pequenininha.
Ainda
que tão criança.
Ela
crescia naquele chão
e
despertava no meu peito.
Um
atropelo no coração:
E
não é que este mundo ainda tem jeito!
Luiz Augusto Rocha
Que tomam na cara,
na boca do estômago,
que não se acovardam,
que caem chutados,
levantam mais fortes,
que saem das casas,
que saem dos becos,
que invadem a vida,
que levam a vida
pra dentro de nós,
que rompem o medo,
que irrompem às ruas,
que troçam da tropa,
que gritam mais alto
e lutam, trabalham:
que mostrem ao mundo
que o mundo ainda muda!
Luiz Augusto Rocha
Uma
boca sem sorriso,
uns
olhos sem lágrimas,
o
chão sem terra.
Quando
me peguei
olhando
para o espelho,
vi
uns pedaços de mim.
Por
mais que tentasse
deter
os olhos naquilo,
não
senti muita coisa.
Fitei
um tempo a minha imagem,
não
posso me chamar de Dorian Gray.
Envelheci
uns dias mais outros menos...
Desta
vez não consegui sorrir,
muito
menos chorar pelo que vi.
A
consciência disso tirou meu chão.
Luiz Augusto Rocha