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Quando me perguntam como vou,
como tenho passado,
como está o meu estado,
eu bem que tento responder:
“Às vezes sólido, às vezes sério;
Quando não etéreo, quando sim etílico”.
Por obra do hábito,
o que sempre digo
é que vou bem, vou bem...
E sem saber do meu estado,
vou genérico no país,
preciso na cidade.
Que mal tem, em forjar tantos estados,
se a minha cidade não me quer bem?
Minha nação carrego no peito.
E, por isso, da próxima vez
que me perguntarem como estou,
vou dizer na lata: “Não vou. Vamos?”
Luiz Augusto Rocha
Às quatro e quinze da tarde de hoje,
eu parei por um segundo.
Senti cada gota de suor,
cada batida do coração,
cada passarinho cantando eu ouvi.
Nesse instante eu pensei...
E disse, chega!
Hoje, eu me dei a minha alforria.
Com tudo a que tenho direito,
a liberdade de sonhar,
a possibilidade de agir.
Conscientemente, eu fiz a minha lei áurea.
derrubei a minha prisão,
soltei os meus bandidos inocentes.
Mas, estou ciente das consequências.
Eu sei que, agora,
estou na vala dos comuns.
Estou sem a perspectiva cruel
de uma vida entre as bitolas do trem...
E como isso é bom!
Luiz Augusto Rocha