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quarta-feira, 30 de setembro de 2009

De vodca e goiaba

Quando me perguntam como vou,
como tenho passado,
como está o meu estado,

eu bem que tento responder:
“Às vezes sólido, às vezes sério;
Quando não etéreo, quando sim etílico”.

Por obra do hábito,
o que sempre digo
é que vou bem, vou bem...

E sem saber do meu estado,
vou genérico no país,
preciso na cidade.

Que mal tem, em forjar tantos estados,
se a minha cidade não me quer bem?
Minha nação carrego no peito.

E, por isso, da próxima vez
que me perguntarem como estou,
vou dizer na lata: “Não vou. Vamos?”



Luiz Augusto Rocha