Escrever
é um ato de angústia,
ou
melhor, motivado pela angústia.
De
que adianta escrever, se tudo
é
tão bobo, tão feliz?
A
felicidade não motiva ninguém
a
sair da inércia de ser o mesmo.
A
plenitude é um não-estado
em
que deixamos de existir.
Por
mais bobo e feliz que seja o verso,
ele
é fruto de uma angústia imensa.
Só que ele transforma o mundo
e
me torna mais humano.
Luiz Augusto Rocha