Se
impossível, esgueira-se.
Quase
acuada, foge.
Entre
raízes, o disfarce.
A
caça não ataca.
Ela
age no impulso da fuga
ou
faz uma simulação qualquer.
Mas,
não ataca.
Salta-lhe
o coração,
os
olhos esbugalham,
as
unhas latejam,
e
a respiração prende.
O
que a caça realmente faz
não
é fugir, nem esgueirar-se,
muito
menos fingir
ou
andar pela noite.
O
que a caça tem não é nada,
não
é instinto animal,
nem
raciocínio complexo.
A
caça só tem medo.
Luiz Augusto Rocha
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