Era
só isso que fazia escrever,
Coisas
bobocas, simples. Geniais?
Palavras
lindamente articuladas?
Que
pudessem salvar o mundo...
Como
eram exageradas as palavras!
E
eram complexas as construções?
Uma
festa maravilhosa e rocambolesca!
Com
direito a metrificação. Eu acho.
Como
o bobo era eu...
O
mundo não mudou pela poesia.
Acho
que nem ligam mais para poesia.
Há
muito trabalho para se fazer!
Coisas
bem melhores a se apreciar.
Nem
eu mudei pela poesia...
Abandonei
a métrica.
Deixei
as rimas de lado.
Intercaladas
entre o desdém
e
a inutilidade da procura.
E
o tempo pareceu-me o mesmo...
Espero
que isso não seja um achismo.
Luiz Augusto Rocha
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