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quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Poema conformado

E essa coisa,
fica assim, fica assado.
A gente queima o que pode
e continua assim.

Fuma um cigarro, bebe uma cerveja,
fuma outro, bebe mais outra.
E continua nessa toada
contínua e sem graça.

Bate a tristeza,
bate a angústia,
bate na cara,
bate o telefone.

Quanto mais eu procuro
meus versos mais íntimos,
mais ao inverso caminho.
E bebe, fuma, fala... Cala.

A vida deveria vir
com o verso escrito.
Não ela toda, só uns dias.
Um verso-bula: explicativo.

No fim das contas,
é tudo igual.
Um emaranhado de palavras
severamente piegas.

Luiz Augusto Rocha

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